BLOG DO DR. LOVE

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

RELACIONAMENTO : O SEGREDO DOS CASAIS FELIZES


Descobrir o que fazem os casais que transpiram felicidade não é fácil. Até porque, cada um, nas suas relações, acordos e contratos, age de maneira diferente e alcança, mesmo com fatores diferentes, um denominador comum: felicidade, inclusive no longo prazo.

A terapeuta de casal Claudya Toledo, dona da agência "A2Encontros" e responsável pela relação feliz de muita gente, escreveu um manual que promete contar os segredos que são comuns aos casais que vivem de maneira plena.

Na obra "Sexo e segredo dos casais felizes" (Editora Alaúde, 2009) ela lista 12 mandamentos que deveriam ser seguidos por todo mundo que almeja paz e paixão, na medida certa. Claudya dividiu os mandamentos em cômodos de uma casa, criando uma metáfora interessante com ensinamentos. Na "sala de estar" ela colocou "traçar objetivos em comum e manter sempre o diálogo e optar pela paz". Na "cozinha", "desenvolver o hábito de preparar coisas juntos e cuidar da saúde". Na "sala de jantar" mora a dica de "aprender a rir dos próprios defeitos e dos defeitos do outro e manter rituais familiares, trazendo prosperidade e autoconhecimento".

Para o "banheiro" da casa, o mandamento é "cultivar a individualidade e limpar todos os corpos e preparar-se". Na "lavanderia" é importante "ter um espaço para entrar em acordo mútuo e cultivar o bom humor". No "quarto", a dica quente. "Preservar e desenvolver os momentos de intimidade e nunca dormir brigados".

Mesmo assim, essa intimidade é relativa e depende do que, de fato, ela representa para cada casal. "Alguns são muito próximos fisicamente, outros mais emocionalmente. Há os mais íntimos mentalmente e os espiritualmente. Melhor é ser íntimo nos quatro pontos", diz Cláudya. Mas entre todos, o mais importante é mesmo a emoção. "Aqueles que falam o que sentem, porque e como sentem, têm as relações mais duradouras. O sentimento é muito mais importante que o físico", garante.

Por isso, para investir numa relação que se quer ver no futuro, a dica de Cláudya é investir no emocional. "Se não houver amor e intimidade nos sentimentos ou cultivo emocional, o relacionamento não segue. Se o casal for ligado pela emoção e paixão, até a distância é suportável", exemplifica.

Para fazer isso na prática, a ideia é sempre se abrir, falar o que sente e nunca colocar o sentimento próprio dependente do sentimento do outro. "É preciso ter consciência das próprias emoções", indica. É preciso saber falar de si e não do outro. Aprender a falar de si, e não do outro, pode ajudar".

Para ajudar ainda mais, Cláudya indica os sabotadores dos relacionamentos longos. Os principais deles, segundo ela, são antigos amores mal curados, além de falta de humor e falta de abertura e clareza dos objetivos e vontades. "Ciúme e a traição já são faltam de clareza na relação", completa.

Para manter a chama acesa, Cláudya desafia os casais a valorizar a rotina. "Se ela for boa, não é problema", garante. Mas a terapeuta coloca no colo das mulheres a responsabilidade pela manutenção de uma rotina feliz. Isso porque são elas que normalmente instituem o conjunto de ritos da casa e da relação.

Números de uma pesquisa do IBGE apontam que 76% dos casais terminam porque a mulher pede a separação. "O homem, quando se adapta, não troca de mulher, pois é mais previsível e rotineiro mesmo. Mulher é instável, tanto emocionalmente quanto fisicamente, por conta dos hormônios", aponta.

Isso requer que o time feminino fique a cargo de surpreender. "Elas precisam ser organizar para alternar a cada sete dias, se reinventar mesmo, assim como a lua. Numa fase a mulher está mais orgástica, em outras mais conectadas. Pode estar aérea ou se sentir necessária. A lua mexe com as marés. E mexe com o corpo da mulher também".

Fica a dica.

sábado, 18 de dezembro de 2010

TRAIÇÃO FEMININA : ESTÁ MAIS FRENQUENTE


QUASE 50% DAS MULHERES DE 18 A 25 ANOS , TRAEM !

Dados inéditos do estudo Mosaico Brasil 2008, coordenado pela psiquiatra Carmita Abdo, do Projeto Sexualidade (ProSex) da USP, revelam que cada vez mais as brasileiras pulam a cerca.

Fim do expediente. Ela recolhe a papelada da mesa, desliga o computador e sai com a nécessaire a tiracolo em direção ao banheiro. Lá, do alto de seu 1,78 metro, ajeita a meiacalça antes de caminhar sem pressa para a frente do espelho.

De olhos bem abertos, começa conferindo um tom mais vivo às bochechas alvas e termina escovando os cabelos castanho-claros até quase a cintura. Faltava apenas o batom, que ela sacou da bolsa e calmamente deslizou apenas no lábio inferior, que, por compressão, tingiu o superior.

Do lado de fora da empresa, o rapaz que a aguarda dentro do carro vê a hora no relógio e examina o movimento ao redor antes de checar o penteado no retrovisor. Tudo pronto, ela dá o passo final com uma mensagem enviada pelo celular, enquanto desce as escadas: "Oi, amor, vou entrar em uma reunião aqui no trabalho e chegarei mais tarde em casa."

O que há de novo no comportamento feminino descrito acima? Não é a mulher protagonizar uma história de infidelidade. Clássicos da literatura, como Anna Karenina, de Tolstoi, e Madame Bovary, de Flaubert, provam que o comportamento é antigo. A novidade, segundo especialistas, é o fato de a traição praticada por elas estar cada vez mais freqüente – e não se revelar apenas no divã do terapeuta. Dados inéditos do estudo Mosaico Brasil 2008, coordenado pela psiquiatra Carmita Abdo, do Projeto Sexualidade (ProSex) da USP, revelam que cada vez mais as brasileiras pulam a cerca.

Foram ouvidas 8.200 pessoas em dez capitais (leia quadro à pág. 70). Basta um olhar sobre três gerações para ficar claro que o padrão de infidelidade delas vem se modificando. Das entrevistadas acima de 70 anos, apenas 22% confessaram ter tido alguma relação extraconjugal. O índice sobe para 34,7% para as mulheres entre 41 e 50 anos e atinge o pico de 49,5% entre as de 18 a 25 anos. "A traição masculina ainda é maior, mas está estável. Já a praticada pela mulher tem crescido", afirma Carmita, autora de Descobrimento sexual do Brasil. Nos consultórios, a sensação é a mesma. Especialista em relacionamento amoroso, o psicólogo Aílton Amélio da Silva, da USP, vai ainda mais longe. Para ele, a brasileira trai pouco. "As oportunidades aparecem diariamente e encontram- se pessoas bonitas o tempo inteiro", diz ele, autor do livro Para viver um grande amor. "Mas, se antigamente havia uma agulha no palheiro, hoje, com certeza, há três."

Não é à toa que o jardim do vizinho tem parecido mais interessante aos olhos do sexo feminino. O cenário atual é amplamente favorável e a liberação sexual atingiu um patamar único na história, com maridos apavorados queixando-se para o terapeuta que a esposa quer manter relações sexuais todo dia. "Eu não tinha mais sexo em casa. Meu marido não dava conta", diz a gerente de banco paulista Carla (nomes fictícios), de 27 anos, que foi casada por cinco anos. Ela trocou o marido pelo amante depois de passar dois anos mantendo um relacionamento extraconjugal. "Fiquei carente e com quem vou conversar? Com o cara que eu via todo dia: passei a me relacionar com o dono do restaurante onde eu almoçava", conta.

Especialistas no assunto afirmam que, à luz da percepção social, compreendem-se mais as escapadas femininas, apesar de o machismo ainda imperar. Não são poucos os casos em que a Justiça brasileira determinou o pagamento de uma quantia em dinheiro, como dano moral, para homens que provam ter sido traídos. "As pessoas estão mais corajosas para tomar atitudes. A separação é uma penalidade do adultério. O dano moral é quando o adultério expõe o outro ao vexame, à hostilidade pública e ao desrespeito", explica a advogada carioca Tânia Pereira da Silva, professora da Uerj e membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família (Ibdfam).

Há uma reviravolta histórica a se considerar também. Se antes à mulher cabia o dever de se entregar a um único homem e passar o tempo cuidando dos filhos e do lar, hoje o quadro é outro. Houve uma queda significativa da taxa de natalidade, conquistada principalmente com a chegada dos anticoncepcionais, e a mulher, livre das amarras domésticas, optou por passar mais tempo nos escritórios e em viagens de trabalho ao lado de outros homens. Estar em contato com o sexo oposto a maior parte do dia pode ser como riscar um fósforo ao lado de uma bomba de gasolina. É o que mostra uma pesquisa feita pela sexóloga americana Shere Hite. Segundo ela, 60% das pessoas que trabalham juntas já tiveram um envolvimento amoroso entre si.

Foi assim que a diretora de mar keting carioca Amanda traiu o marido. "Fiquei com um amigo que trabalhava comigo na festa de final de ano da empresa, em uma boate. Cheguei em casa e meu marido estava dormindo. Deitei ao seu lado e ele nunca desconfiou", diz ela. Com oito anos de relacionamento – metade deles casada -, a diretora de marketing pediu a separação poucos meses depois de ir para a cama com o colega de trabalho. Antes do rompimento, encarava cada vez mais horas extras e saía com amigas com freqüência para não ter de voltar logo para casa. "Meu casamento já não tinha mais sentido", justifica Amanda, hoje, aos 39 anos.