BLOG DO DR. LOVE

segunda-feira, 28 de junho de 2010

AS FASES DO SEXO

Aos 20, aos 30 e aos 40 anos, muita coisa pode mudar na cama...
Lembra-se de como você era dez anos atrás? Além do corte de cabelo, seus interesses eram diferentes, seu corpo era possivelmente mais rígido e sua cabeça certamente não era a mesma de hoje. Depois de dez anos, é claro que a cama também mudou - e não estamos falando do colchão, mas do seu desejo, do seu desempenho e do seu gozo.

Algumas coisas continuam iguais - como aquela pinta no ombro direito ou a vontade de ganhar uma lingerie vermelha de presente de aniversário - mas outras acabam mudando quando se tem 20, 30 ou 40 anos de idade. Como vai ser o sexo daqui a dez anos?

Teste: Sexo frio, morno ou quente?

Aos 20

Aos 20 anos, quanta animação! As mulheres jovens fazem preliminares de duas horas, transam pelas escadas do prédio e depois contam tudo para as amigas. É assim com Adriana*, de 22 anos, que tem um namorado há quatro meses, com quem jura que vai ficar pelo resto da vida. "Ele é o segundo cara com quem transei. É bonito, carinhoso e nos damos muito bem", diz, comedida - os detalhes ela deixa para as amigas íntimas. "Eu e meu namorado fazemos coisas que antes eu achava que só as prostitutas faziam. Mas ele me mostrou que é natural. E muito gostoso", conta a estudante.

“É um aprendizado que vem com a idade. À medida que os anos passam, a qualidade do sexo aumenta, mas a quantidade pode diminuir”

A sexóloga Glene Faria explica que aos 20 anos tudo é uma grande novidade. "A mulher ainda está aprendendo e pode ter dificuldade de atingir o orgasmo", afirma, lembrando que a experiência vem com o tempo e o sexo vai ficando cada vez melhor.

Aos 30

A balzaquiana tem mais estrada. Não quer transar apenas com o homem que julga ser sua "cara-metade", topa sexo casual e diz saber aproveitar bem os momentos debaixo dos lençóis. Júlia*, 30 anos, está solteira, tem um vibrador e afirma gostar muito de sexo. "Estou mais segura atualmente e não fico pensando se estou bonita, ou se ele está vendo minhas celulites, como quando eu era uma garotinha", diz. Sua irmã de 33 anos, Tatiana, vê os dois lados da idade: "Estou casada há alguns anos e acho que transo menos hoje do que aos 20. Em compensação, considero minhas transas mais intensas e, em breve, pretendo ter um bebê", revela.

Glene Faria afirma que é comum haver uma diminuição do desejo aos 30 anos. "É comum que a mulher comece a se lubrificar no meio da relação, uma vez que o homem pára de investir nas preliminares", explica a sexóloga, sublinhando que o casal não pode parar de priorizar a sexualidade. "Depois de três anos de relacionamento, vem a primeira crise, pois termina a paixão e vem a rotina", alerta.

Quando a mulher entra nos enta, conhece a chamada "idade da loba". Significa que ela não cai matando como a de 20, nem está mais pensando em mamadeiras, como a de 30. "Estou no ápice da minha vida sexual", garante a fisioterapeuta Laura, 41 anos, e um filho de 12. "Eu e meu marido temos muita intimidade sexual e mantivemos o romantismo a longo de todos esses anos. Por exemplo, às sextas, saímos pra jantar só nós dois", conta, insinuando que a noite é sempre longa.

Teste: Qual o seu apelo sexual?

Para Glene, a mulher de 40 anos está mais madura sexualmente. "Ela é experiente, conhece o próprio corpo e está apta a ter uma vida sexual muito boa", afirma a sexóloga, lembrando que a mulher é mais exigente aos 40. "Ela sabe dar prazer ao parceiro e também quer qualidade em troca", adverte.

Mas nem tudo são flores... "Entre 45 e 50 anos, a mulher pode entrar na menopausa e observar diminuição do desejo e da lubrificação", afirma a sexóloga, sugerindo que o gel lubrificante vire parte integrante do ato sexual.

Glene lembra que cada relação é uma relação e que boa parte da qualidade sexual está nas mãos dos homens: "Se ele é dedicado e se mostra preocupado em estimular sua parceira, não há mulher que não funcione", afirma, ressaltando que o sexo tende a melhorar com o passar dos anos. "É um aprendizado que vem com a idade. À medida que os anos passam, a qualidade do sexo aumenta, mas a quantidade pode diminuir", resume.

domingo, 20 de junho de 2010

Infidelidade: o desconforto dos casais diante da traição


A decepção

A história constrangedora dos Clinton fez muitos casais se remexerem desconfortáveis em suas cadeiras, mas lançou perguntas saudáveis sobre o significado do poder e da fidelidade – ou da infidelidade – neste final de milênio. Como uma colcha feita de retalhos de várias épocas, as relações entre homem e mulher apóiam-se em comportamentos antiquíssimos e novíssimos. A traição conjugal, tão eterna quanto o amor e o sexo, ainda provoca dor e separação. As mulheres ainda são mais tolerantes que os homens na condição de traídas, mas começam a perceber que o perdão é uma escolha e não mais um dever. Ninguém deixou isso tão claro quanto Hillary Clinton.

Segundo a psicoterapeuta Olga Inês Tessari, são vários os fatores que levam à traição: questões culturais, carências, insatisfação em relação a desejos e expectativas com o (a) parceiro (a), vingança, a busca pelo novo, o estímulo provocado pela sensação de perigo, ou mesmo de poder. "A idéia de posse existe em quase todas as relações estáveis e as cobranças de fidelidade são normais e aceitas pela sociedade."

Inúmeras são as pessoas que já passaram pela experiência de serem traídas. Embora existam diversos tipos de traição , a da pessoa amada, segundo relatos, é a mais difícil de ser superada. São vários os motivos que levam uma pessoa a trair. Para Olga Inês Tessari, psicóloga e psicoterapeuta desde 1984, “a insatisfação no relacionamento, o orgulho, a falta de auto-estima, de romance, aventura e emoção acabam dando lugar à rotina. Coisas como pagar as contas, hora para isso ou para aquilo quebram o clima gostoso do namoro”, explica Olga, afirmando que essas são justificativas usadas pelos que buscam relacionamentos extraconjugais.

Embora a modernidade tente mostrar que o casamento é algo antiquado, e muitas pessoas já o tenham abolido, são muitos os que ainda sonham com o matrimônio. Porém, a psicóloga destaca que “há gente se casando por uma questão de segurança financeira ou por medo de ficar para “titia”. Isso pode levar a pessoa a trair no casamento, porque, quando não há amor, há probabilidade de traição”, revela.

A Síntese dos Indicadores Sociais 2005 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o brasileiro está casando mais. Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio (Pnad 2004), o número de casamentos no País cresceu 7,7% e os divórcios tiveram queda de 3,7% em relação a 2003. O número de separações judiciais – dissolução legal da sociedade conjugal – foi 7,4% menor que no ano anterior.

Mesmo com a queda dos casamentos desfeitos, a traição é um problema que aflige muitos; no entanto, não há estatísticas que indiquem que os homens traem mais do que as mulheres, porque as coisas estão equivalentes. “Atualmente, as mulheres estão se igualando aos homens. Todavia, elas parecem estar conseguindo disfarçar melhor, pois mesmo com o avanço da mulher na sociedade, a maioria ainda tem mais a perder do que o homem, no caso de uma separação”, destaca.

A independência feminina promoveu mudanças na mulher em muitos aspectos da sociedade, especialmente no que se refere ao mercado de trabalho.Atualmente os casais são mais cúmplices, construindo e provendo o lar em igual proporção. Ao trair, o homem sente destruir o vínculo de lealdade com alguém que divide tudo com ele. E há ainda a possibilidade de a mulher sair de casa e abandoná-lo se souber do caso - o que era uma atitude improvável alguns anos atrás - e a mudança na relação com os filhos.

Parece que ter uma aventura fora de casa significa uma vergonha para o homem. Agora ,o homem que trai sente que faz algo errado, enquanto antes isso não era nem colocado em questão. Entretanto, as pesquisas ainda revelam que a maioria dos homens é infiel, mas divergem sobre o número de mulheres que traem. O resultado é de que 47% das mulheres e 60% dos homens são infiéis e alguns psiquiatras constatam que 67% dos homens e 23% das mulheres já traíram o parceiro. Mensurar dados sobre infidelidade é tarefa complicada. Não há como verificar se quem responde às pesquisas está mesmo dizendo a verdade, nem há como garantir que a presença do entrevistador não influencia a resposta do entrevistado e, ainda, muitas vezes, o questionário é respondido na frente do parceiro.

Homens e mulheres, entretanto, encaram a traição de maneira diferente. Nas pesquisas entre as respostas mais frequentes dos homens estão: por se sentirem atraídos sexualmente e porque as circunstâncias lhes foram favoráveis. Poucas têm a ver com amor ou envolvimento afetivo. No caso das mulheres, os motivos mais citados foram decepção, desamor e raiva do parceiro.

Por ser polémica até a raiz, a infidelidade suscita uma série de mitos infundados. Um deles: o de que a maioria das traições destrói os casamentos. De acordo com as pesquisas, cerca de 30% dos traídos terminaram a relação. O resultado revela que a maioria absoluta de homens e mulheres procura esquecer o que passou. O maior obstáculo é, sem dúvida, conseguir ultrapassar o choque inicial.

Infidelidade é um dos poucos assuntos sobre o qual a civilização ocidental é intolerante, por envolver mentira, decepção e o rompimento de um pacto muito forte entre o casal. No entanto, é possível superar o trauma e, em muitos casos, até sair do problema com a relação fortalecida.

Nos últimos tempos, uma série de explicações biológicas tem aparecido para justificar a infidelidade. Um livro recém lançado nos Estados Unidos defende a tese de que a traição, seja entre humanos, pássaros e até pulgas, é regra. Na natureza, a monogamia é rara. O Mito da Monogamia: Fidelidade e Infidelidade em Animais e Humanos, escrito pelo zoólogo e psicólogo David P. Barash e pela psiquiatra Judith Eve Lipton, diz que até mesmo os cisnes são infiéis.

Outra tese polémica é a do médico Stephen Emlen, da Universidade Cornell. Emlen afirma que nove entre dez mamíferos são infiéis. "A verdadeira monogamia é muito rara", diz. Segundo ele, há dois tipos de monogamia: a genética e a social. No primeiro caso, a fidelidade é uma excepção. Segundo Emlen, apenas uma espécie de macaco é fiel. No caso da monogamia social, o casal está junto com um objectivo definido: criar os filhos. É uma decisão deliberada dos parceiros. Especialistas acreditam que a fidelidade se mantém graças ao mito de que espécies cujas proles foram criadas por pais casados vivem melhor. Seria uma justificativa da monogamia humana.

O professor Tim Spector, investigador do Hospital St. Thomas's em Londres, estudou duplas de mulheres gémeas e afirma que se uma delas tivesse um histórico de infidelidade, as chances de a irmã apresentar o mesmo comportamento seriam de 55%, maior do que a média de mulheres que traem seus parceiros que é de 23%. Ele também relata que a infidelidade não é somente regulada pelos genes, mas também é influenciada pelo comportamento social: como desejo de aventura ou outras necessidades relacionadas com a personalidade.

Outro estudo científico publicado pela revista britânica “Nature”, afirma que alterando-se um único gene pode-se regular o comportamento notoriamente promíscuo de roedores em companheiros fiéis e monogâmicos.Não sabemos porém se no ser humano também funciona assim, pois o comportamento sexual e sentimental humano é moldado pela interacção entre complexos factores ambientais e culturais com não apenas um, mas possivelmente diversos genes.

domingo, 13 de junho de 2010

IMPOTÊNCIA

Mito Masculino - Temor de Desempenho

Vivemos ainda em uma sociedade muito machista, infelizmente para todos nós. Para os homens, em especial, existe uma pressão desenfreada para a atividade sexual predatória. O que caiu na rede é peixe! E existe, por sinal, um mito milenar de que os homens estão sempre aptos ao sexo, independente de qualquer outro fator. Devem sempre estar com desejo, devem ter plena ereção e não falhar jamais.

Essa situação é um peso muito grande para os ombros de qualquer um. A bem da verdade, qual o homem ao qual nunca lhe faltou potência?

Qual a mulher cujo parceiro já não perdeu a ereção alguma vez na vida?

É necessário desmistificar essa situação. A impotência (disfunção erétil) só se torna um problema ou uma doença quando ela predomina na vida sexual de um homem. Ou seja, quando há uma incapacidade persistente ou recorrente (repetida) de manter uma ereção até a conclusão da atividade sexual. Alguns se queixam de falta completa de rigidez para conseguir uma penetração. Outros conseguem ter o pênis rijo, mas na hora de introduzi-lo perdem a potência.

Atenção! a eventual ocorrência de perda de ereção não é considerada impotência.

O que causa a perda da ereção?

As pesquisas são contraditórias: algumas apontam que 90% da impotência tem causa emocional.

O estresse do dia-a-dia.
A discórdia conjugal.
A falta de atração pela parceira.
A ansiedade ou depressão.
O temor de não desempenhar o sexo adequadamente.
Conflitos emocionais antigos.
Culpa e repressões sexuais.

São algumas das causas psíquicas comuns.

Outros trabalhos científicos relatam que a disfunção erétil nos homens é, na maioria dos casos, orgânica, principalmente quando o homem tem mais que 50 anos.

A deficiência de alguns hormônios masculinos como a testosterona.
Excesso de prolactina.
A presença de algumas doenças como o diabete melito.
O uso de medicações que combatem a hipertensão.
A anormalidade vascular peniana.

São fatores orgânicos importantes a serem levados em consideração na avaliação dessa disfunção sexual.

E tem cura?

Podemos pensar que há uma soma desses fatores orgânicos e emocionais na determinação da impotência. Para o tratamento, então, devemos combinar algumas técnicas terapêuticas para obtenção de maior sucesso.

Após alguns exames de rotina, detectamos a presença ou não de algum problema orgânico. Por exemplo, se há falta de testosterona, podemos repor através de uso de medicação. Se há problema vascular ou neurológico, podemos até indicar cirurgia ou colocação de prótese. Entretanto, tais métodos mais evasivos são de última escolha no tratamento da impotência, só utilizados quando quaisquer outros métodos já falharam completamente.

Quando não há muitos achados positivos nos exames, podemos empregar um tipo de tratamento psicológico, denominado psicoterapia cognitivo-comportamental, que é baseado em tarefas sexuais progressivas e orientação.

O uso concomitante de algumas medicações que provocam a ereção tem elevado o sucesso terapêutico em muitos casos. Entretanto, os mesmos nunca devem ser utilizados sem acompanhamento médico especializado.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Para mulheres maduras, marido é patrimônio valioso

As brasileiras na faixa de 50 a 60 anos, mesmo quando bem-sucedidas profissionalmente, se sentem infelizes se não tiverem um marido, se forem divorciadas (o que é mais comum) ou se não conseguiram se casar.

Essa é a conclusão à qual chegou a antropóloga Mirian Goldenberg (foto), que já passou dos 50 anos, que acaba de lançar dois livros, o “Coroas” e “Noites de Insônia”.

Mulheres nessa faixa de idade consideram o marido um patrimônio valioso, afirmam Marian, que obteve informações de 600 questionários e de seis grupos de discussão com cariocas.

Os questionários confirmam que, no envelhecimento, as mulheres se preocupam mais com o corpo e com os relacionamentos conjugais do que os homens.

Ela afirma que a mulheres imaginam que podem conseguir um marido somente pelo corpo, o que explica o abuso de cirurgias plásticas que freqüentemente são mutiladoras.

A antropóloga faz uma comparação das brasileiras com as alemãs e espanholas. Para estas, diz, não existe o desespero por um marido.

A escritora passou três meses na Alemanha onde observou que a mulheres com mais de 50 anos investem em leituras e em viagens e procuram fazer da casa um ambiente de prazer. Elas não têm medo da solidão.

Talvez porque --- observo – elas tenham se conformado em não ter marido. Sabem que suas chances são mínimas na concorrência com a mulheres mais jovens.